Rocio Jazmim foi agredida e teve o corpo carbonizado
Uma força tarefa da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e do Estado do Paraná, prendeu Mateus de Souza Bento, de 22 anos, acusado de matar a própria companheira, Rocio Jazmin Espindola, 29 anos, em Naviraí. Ele foi preso nesta terça-feira (18), na cidade paranaense de Amaporã.
Rocio, que é de nacionalidade paraguaia, foi encontrada morta na madrugada do dia 9 de julho, em uma residência abandonada localizada na Rua Rússia, região central de Naviraí. o corpo da mulher estava parcialmente carbonizado e apresentando lesões profundas na região da cabeça, provavelmente provocadas por golpes de tijolo. No local foi apreendida uma lajota com manchas de sangue.
Segundo as investigações, momentos antes do crime, moradores a região teriam ouvido uma mulher pedindo socorro. Já no dia seguinte (10), o companheiro da vítima, relatou que na noite do dia 08/7, a vítima saiu de casa por volta das 23h e não retornou e que somente no dia seguinte ficou sabendo da morte dela. Ele negou envolvimento no crime.
Durante as investigações, a Polícia Civil reuniu elementos informativos que desmentiam a versão apresentada pelo marido da vítima e o indicavam como principal suspeito do crime. Após a obtenção de indícios suficientes de autoria, a polícia representou pela prisão preventiva dele, cuja medida foi deferida pela justiça, no entanto, constatou-se que ele havia se evadido da cidade e estava em local desconhecido.
No decorrer das investigações, foi constatado que o homem estava escondido em uma residência na cidade de Amaporã (PR). Diante das informações, uma equipe de policiais civis da Delegacia de Naviraí se deslocou até referida cidade e com o apoio da Polícia Civil de Paranavaí (PR), conseguiu localizar e prender o suspeito.
Ao ser questionado sobre os fatos, o suspeito confessou e deu detalhes de como orquestrou o crime. Ele alegou que agiu por ciúmes, esclarecendo que durante uma briga arrastou sua companheira até uma casa abandonada onde desferiu diversos golpes de lajota contra a cabeça dela, depois foi até a residência do casal, pegou um litro de gasolina que tinha guardado e retornou onde a vítima estava e ateou fogo no corpo dela. Por fim, disse que assim agiu porque estava com muita raiva dela.
Segundo o médico legista que realizou o exame necroscópico, a vítima ainda estava viva quando seu corpo foi incendiado. Sendo assim, a morte se deu por queimadura das vias aéreas e asfixia térmica.
O suspeito será encaminhado ao presídio da cidade, onde permanecerá à disposição da justiça. Polícia Civil dará andamento às investigações com vistas à conclusão do inquérito policial no prazo legal de dez dias.