Caio roubou o celular do motorista de aplicativo após perseguir a ex e arrancá-la do carro
O MPMS (Ministério Público Estadual) denunciou Caio Cesar Nascimento Pereira por agressão e roubo a uma ex-namorada, além de roubo a um motorista de aplicativo em Campo Grande. O músico já foi denunciado pelo feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, em fevereiro deste ano.
Nesta nova denúncia, o MPMS diz que no dia 30 de junho de 2024, por volta das 23h30, na Rua Piratininga, o denunciado Caio César Nascimento Pereira roubou o celular de um motorista de aplicativo após perseguir o veículo e retirar à força do carro a ex-namorada, que acabou espancada no meio da rua.
Segundo a denúncia, o motorista aceitou uma corrida da jovem e, durante o percurso, ela informou que brigou com seu namorado, Caio César Nascimento Pereira, mas gostaria de dar uma carona para ele. Assim, solicitou que o motorista fosse até a residência para buscarem Caio e o deixarem em sua residência, no bairro Tiradentes.
Mas conforme a denúncia, ao chegar ao destino, o motorista finalizou a corrida, e a jovem desembarcou. Todavia, Caio estava na portaria do condomínio aguardando, e nisto a jovem voltou correndo até o veículo pedindo ajuda e solicitando que ele a tirasse do local, pois Caio estaria alterado.
O motorista saiu com a jovem, entretanto, quando chegaram à Rua Piratininga, esquina com a Avenida Ceará, o denunciado se aproximou em uma motocicleta e ordenou que parasse o veículo, tendo interceptado a trajetória do carro, ao passo que se dirigiu ao veículo, abriu a porta, puxou a ex-namorada para fora e a jogou no asfalto, passando a agredi-la fisicamente.
Logo depois, deu a volta no carro e roubou o celular do motorista, fugindo em seguida.
Na 1ª audiência sobre o feminicídio, foram ouvidas duas importantes testemunhas: o amigo que acompanhava a jornalista e o vizinho, que também testemunhou o feminicídio. Ambos são considerados as principais testemunhas do crime e relataram o que vivenciaram em 12 de fevereiro.
O músico foi denunciado e indiciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelo crime de feminicídio. E, segundo informações obtidas pelo Jornal Midiamax, o Poder Judiciário recebeu a denúncia no dia 19 de março. Após a denúncia recebida, Caio virou réu pelo feminicídio.
Áudios de Vanessa apontavam que a jornalista teria ido à Deam durante a madrugada do dia 12 para o registro do Boletim de Ocorrência, voltando na parte da tarde para buscar a medida protetiva. De acordo com o inquérito, todo o fluxograma da Lei Maria da Penha, da Cartilha das Diretrizes da Casa da Mulher, foi seguido.
A jornalista Vanessa Ricarte era servidora pública no MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul). Ela foi esfaqueada três vezes na região do tórax e depois levada em estado gravíssimo à Santa Casa, onde veio a óbito.
No dia do crime, o feminicida disfarçou calma e disse que aceitava o fim do relacionamento. Mas o que veio a seguir foram facadas desferidas contra Vanessa.
Vanessa tinha voltado da delegacia, onde foi buscar a medida protetiva contra Caio, que não recebeu a intimação a tempo, quando se deparou com o músico na residência. A jornalista estava na companhia de um amigo e foi ao local para buscar seus pertences.
Na madrugada do dia da morte de Vanessa, ela foi até a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), acompanhada de um amigo, para registrar um boletim de ocorrência por agressão contra Caio e pedir medida protetiva.
No período da tarde, ela foi até sua casa, acompanhada do mesmo amigo, para pegar seus pertences. Chegando à residência, ela foi esfaqueada por Caio.