Ela e a amiga, que escondeu a arma e também pagou a mesma quantia, foram autuadas pelo crime de porte ilegal de arma de fogo
Maria das Graças Barbosa Melo, de 46 anos, e Niza Vicente Leite, de 55 anos, autuadas em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma de fogo em Três Lagoas, foram liberadas mediante pagamento de fiança de um salário mínimo, ou seja, R$ 1.412,00. A primeira confessou que matou o músico Eli Álvaro da Silva Resende, de 41 anos, na madrugada de domingo (19).
A primeira mulher é ex-mulher do músico e confessou que atirou contra a cabeça do homem. Durante seu depoimento, conforme consta no documento prisão em flagrante, ela afirmou que pediu para Niza esconder a arma na residência para "dificultar a ação policial nas investigações referentes ao crime".
A amiga da suspeita também confessou que atendeu o pedido de Maria "de maneira livre e consciente", ocultando o revólver de calibre 38 numa bolsa de crochê, onde havia também 17 munições intactas.
Ainda para a polícia, a acusada de matar Eli explicou que a arma estava em sua propriedade há anos e que não vendeu, emprestou ou transferiu para sua amiga. Em seu depoimento, ela não revelou por qual motivo assassinou Eli, apenas confessou que utilizou a arma que tinha guardada em casa para atirar contra o ex-marido.
Maria ainda pode ser processada por homicídio qualificado pelo motivo torpe, com pena máxima prevista de até 30 anos de reclusão. Enquanto o inquérito da Polícia Civil é finalizado para ser encaminhado para o Poder Judiciário, a mulher continuará respondendo os atos em liberdade.
Crime passional
Maria das Graças era a principal suspeita de ter executado o músico com um tiro na cabeça.
Segundo a Polícia Civil, ela compareceu à delegacia e, inicialmente, negou ser a responsável pelo tiro fatal que matou "Teko", apelido de Eli Álvaro. No entanto, ao ser confrontada com depoimentos de testemunhas e provas coletadas, admitiu ter cometido o crime depois de uma discussão entre eles.
Testemunhas contaram que a ex-mulher do músico teria deixado o local do crime em uma moto, momentos após ser ouvido um disparo. Uma briga também teria sido escutada antes do tiro.