Na França cerca de 10% das pessoas em lares dizem que vão recusar a administração da vacina contra o novo vírus
Opai de Fabienne Garbo sofre de uma doença semelhante ao Alzheimer e faz parte do grupo prioritário elegível para receber a vacina contra a Covid-19 na França, assim que o país começar a fase de vacinação nos lares. Contudo, Fabienne não quer assinar o documento de consentimento exigido pelo Governo francês para vacinar o seu pai.
De acordo com a Reuters, Claude Garbo, de 86 anos, não reconhece na maior parte das vezes a sua filha e não se encontra capaz de ter uma posição informada sobre se quer ser vacinado contra o novo coronavírus ou não, estando, assim, essa decisão nas mãos de Fabienne.
Em declarações à agência de notícias, a mulher explicou que considera que o desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19 foi feito "à pressa" e que acredita que estas possam "prejudicar mais do que ajudar" na luta contra doença.
"Prefiro ter uma ação preventiva e proteger o meu pai, em vez de o permitir levar uma vacina da qual se sabe tão pouco", justificou.
Neste momento, cerca de 10% das pessoas em lares dizem que vão recusar a administração da vacina contra o novo vírus, pondo em risco a possibilidade de aliviar as restrições nestas instituições nos próximos tempos.
"Não estamos a entrar em paranoia devido a este vírus?", questionou Fabienne, acrescentando que está consciente de que o pai pode ficar infectado com novo coronavírus, mas que acredita que este vírus em nada difere de outros.
De acordo com o último balanço divulgado pelas autoridades de Saúde francesas, divulgado ontem, 23.770 pessoas testaram positivo para o coronavírus e morreram mais 348 no espaço de 24 horas.