O goleador do Flamengo parece ter encontrado nova vocação em campo nas últimas partidas, distribuindo assistências para Bruno Henrique. Juntos, pretendem aprontar contra a Venezuela
Tite confiou a missão dos gols da seleção brasileira no jogo contra a Venezuela a dois especialistas no ofício: Gabriel Jesus e Gabriel Barbosa, o Gabigol. O atacante do Manchester City vive fase inspirada na Inglaterra, sendo decisivo em jogos do Campeonato Inglês. O goleador do Flamengo parece ter encontrado nova vocação em campo nas últimas partidas, distribuindo assistências para Bruno Henrique. Juntos, pretendem aprontar contra a Venezuela.
Apesar do sucesso nos últimos anos, os dois atacantes costumam ser alvo de críticas por parte dos torcedores brasileiros. Jesus é acusado de não render na seleção. Gabriel Barbosa voltou ao Brasil após fracassar na Europa e estaria fadado a ser ídolo apenas no futebol nacional.
Para piorar, na Copa do Mundo da Rússia, em 2018, Gabriel Jesus recebeu duras críticas por não ter marcado um gol sequer e chegou a ser chamado de volante por conta do posicionamento tático que Tite pediu a ele. Com a "amarelinha", o flamenguista só começou a receber oportunidades nos últimos jogos das Eliminatórias, muito por causa das ausências dos atletas que atuam na Inglaterra.
Mas, independentemente da preferência dos torcedores por um ou outro, ambos têm carreiras de sucesso e podem ser importantes para a seleção. Tite se convence cada vez mais disso, num momento em que a Copa do Catar se aproxima.
QUERIDINHO DO TÉCNICO - Aos 24 anos, Gabriel Jesus já disputou 47 jogos pela seleção principal. Logo na estreia contra o Equador, em setembro de 2016, ainda um garoto, pelas Eliminatórias da Copa da Rússia, ele marcou dois gols e deu uma assistência para outro. Desde então, balançou as redes mais 16 vezes e foi decisivo na conquista da Copa América de 2019, com gols sobre Argentina e Peru, na semifinal e final do torneio, respectivamente. Por clubes, o atacante que começou no Palmeiras acumula 106 gols em 256 partidas. A maioria deles foi pelo Manchester City.
A história de Gabriel Barbosa com a seleção teve seu primeiro capítulo ainda em 2016, quando Dunga era o comandante. O então jogador do Santos começou no banco no empate brasileiro com o Paraguai por 2 a 2 e não entrou em campo. Os primeiros minutos com a seleção vieram, de fato, em amistoso contra o Panamá, dois meses depois. O atacante marcou um dos gols da vitória por 2 a 0.
Depois de participar da Copa América Centenário, ele parou de ser convocado, coincidentemente quando Tite assumiu. Sua volta só foi acontecer em 2019, em amistoso contra a Nigéria. Apesar de ser um dos principais jogadores do futebol brasileiro, Gabriel tem apenas 14 jogos e três gols pelo Brasil.
Somando as passagens por Santos, Inter de Milão, Benfica e Flamengo, são 122 gols em 250 partidas na carreira, em contagem oficial. O protagonismo no clube carioca parecia não ser motivo suficiente para que ele ganhasse mais espaço com Tite. Mas isso mudou recentemente e Gabriel tem marcado presença nas convocações.
Gabriel Jesus e Gabriel Barbosa estiveram juntos na seleção principal em poucas oportunidades. A situação foi diferente na Olimpíada do Rio, em 2016. Ao lado de Neymar, os "Gabriéis" formaram o trio que conquistou o ouro inédito. Juntos, eles combinaram para cinco dos 13 gols da equipe no torneio.