Algumas liberações levam em conta imunizantes que ainda não tiveram eficácia comprovada
O primeiro país a liberar uma vacina diante desses resultados (ou seja, com critérios científicos) foi o Reino Unido, que prometeu começar a vacinação na próxima terça-feira, 8.
Entretanto, mesmo sem a comprovação anterior da eficácia e da segurança, Rússia, China e Emirados Árabes já haviam iniciado a aplicação do imunizante em suas populações, ainda que em pequenos grupos. Assumindo, deste modo, o risco de que os medicamentos apresentem efeitos adversos graves.
A Rússia foi o primeiro país a aprovar o registro de uma vacina contra a Covid-19. No início de agosto, o presidente Vladimir Putin disse que a Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, de Moscou, recebeu aprovação regulatória no país. Pouco tempo depois, Putin anunciou que o imunizante começaria que o imunizante começaria a ser aplicado em pessoas com alto risco de contaminação. A vacinação em massa, por sua vez, está prevista para ter início neste sábado, 5, na capital Moscou. Putin ordenou que a vacinação em grande escala seja iniciada na semana que vem.
No mês passado, o Instituto Gamaleya divulgou resultados de sua vacina afirmando que a Sputnik V teria eficácia de até 95%.
Na China, as vacinas da Sinopharm, da CanSino Biologics e da Sinovac receberam aprovação para uso limitado. Em um movimento sem precedentes, os militares chineses aprovaram em junho o imunizante da CanSino como uma “droga especialmente necessária”. A decisão tem um ano de validade. Não se sabe se a imunização é obrigatória ou opcional para os soldados.
Em julho, o governo chinês concedeu aprovação para uso emergencial da vacina CoronaVac como parte de um programa para vacinar grupos de alto risco, como equipes médicas, segundo informações da Reuters.
Anteriormente, havia sido informado que apenas a vacina desenvolvida pelo Grupo Nacional de Biotecnologia da China (CNBG), da Sinopharm, seria utilizada. Em setembro, a China informou que a Organização Mundial da Saúde deu aval ao uso emergencial das vacinas no país.
Já os Emirados Árabes Unidos aprovaram emergencialmente para o uso da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela empresa farmacêutica estatal chinesa Sinopham em setembro, seis semanas após o início dos testes em humanos na região. “Os Emirados Árabes Unidos autorizam o uso emergencial da vacina para membros da primeira linha de defesa que estão em maior risco de contrair a Covid-19”, disse a Autoridade Nacional de Gerenciamento de Crises e Desastres dos Emirados Árabes Unidos em uma publicação no Twitter.
A decisão foi motivada pelo aumento do número de casos na região à época e tornou a Sinopharm a primeira fabricante de vacinas a receber aprovação em um país estrangeiro.
Neste sábado, 5, o Brasil teve médias móveis em 40.986,4 diagnóstico positivos e 581 mortes em decorrência do novo coronavírus.